sexta-feira, 26 de abril de 2013

I'm so glad !








I'm so FUCKING glad today !
In a artistic way, this was the most inspired day in all my life !
We espected 20 people to appear and we had about 60 people in the room for one hour to see our exposition !
Thank you to all the people who helped us and appear to see our works !
The best part, it was to have Olga to share this exposition on my side !
The exposition will be mounted untill 10 May 2013 !

3 comentários:

  1. Best fucking exposition ever !

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  2. A exposição de Kevin e Olga no Arquivo Distrital de Bragança, não é uma exposição colectiva. Tenho dúvidas que seja uma exposição de grupo. Contudo, tenho a certeza que é uma exposição de um casal. Esta afirmação não pretende basear-se no facto retórico da relação conjugal existente entre ambos, mas antes, porque é demonstrada nos trabalhos, uma cumplicidade muito pessoal dos autores.
    Nesta exposição não existem subterfúgios conceptuais ou intelectualidade imanente. Não é necessário. Tanto Kevin como Olga querem que os seus trabalhos sejam eles próprios ali expostos e por isso, a obra não pode ser ou parecer o que não é. Querem que o público os (re)conheça. Esta sinceridade é evidente quando o cartaz anuncia pintura, ilustração e fotografia. O que é que pode ser mais sincero do que um autor fechar o seu trabalho numa categoria específica? No entanto a exposição não é tão ecléctica quanto os seus autores sugerem. Na realidade, entre o entrar e o sair só sentimos o cheiro do desenho. A demonstração da forma é o que aglomera as obras expostas e podemos deambular entre telas e acrílicos, cadernos, e aguadas que, mesmo no medium da fotografia, tudo se evidencia pela importância dada à forma, enquanto elemento primordial da composição. O campo e a estrutura ficam para segundo plano.
    Privilegiam assim a presença da figura e especificamente, a sua forma em retrato. A importância dada a este género parece evidenciar a necessidade de uma identificação com o(s) outro(s), trazendo o(s) outro(s) para a partilha do seu próprio espaço. Aqui, os trabalhos e o espaço pertencem aos autores mas também pertencem aos retratados. No fim, resume-se a uma exposição-homenagem.

    (...)

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  3. (...)

    Os trabalhos de Kevin orientam-se para a necessidade de uma afirmação ideológica activa do seu autor. Kevin não admite passividade. A mensagem verbal em conjunto com uma linguagem gráfica pessoal, potencia o carácter activista da arte. Os trabalhos de Kevin seguem a linha de que a arte é comunicação e portanto, o carácter simbólico das suas obras joga com as significações que nós, enquanto receptores, construímos pelo nosso mundo cultural de que não nos conseguimos afastar. Assim, não é de estranhar que o uso de mensagens verbais esteja presente nas composições. Sabe que a palavra não é neutra e que por ela se mudam ideias. Se considerarmos a existência de uma estética política nestes trabalhos, então o carácter expressionista dos mesmos assenta como uma luva. Uma linguagem própria para ideias convictas. Sente-se também que é o prazer na execução, que comanda a construção da forma. A expressividade dos trabalhos gera-se a partir da ânsia da criação. A execução tem que ser momentânea e pontual, pois só assim parecer gerar-se com naturalidade. Kevin não procura amadurecer as ideias antes de verem a luz do dia. Não quer esperar para ver. Elas amadurecem só com a luz do dia. Só lançadas podem ter hipótese de atingir o alvo.

    Os trabalhos de Olga contêm um carácter mais ingénuo. Não que a autora o seja. Movimenta-se entre o idílico e o onírico e coloca na nossa presença o seu universo privado de relações pessoais, como prova do seu prazer em as ter por perto. Por este ponto de vista, deveria estar mais à vontade com elas mas acaba por ser contida plasticamente e nem mesmo as molduras numa estética indie e de atitude DIY jogam a seu favor. A homenagem que lhes presta é prosaica quando se esperaria que fosse poética. Curiosamente arrisca mais no seu auto-retrato. Não só na técnica e nos materiais, mas também pela encenação criada pela sua figura. Aqui, o expresionismo figurativo não é uma mais valia para o reforço conceptual da obra, mas entende-se como uma linguagem comum ao casal. Se de forma geral as auto-representações são demasiado complexas para se poder dizer tudo sobre elas, a de Olga não foge à regra. Isola-se num espaço indefinido e quase claustrofóbico, mas assume a força da cor. Os contrastes cromáticos criam vibração na imagem mas o negro parece estatiza-la. Faz uma citação a Kahlo mas não deixa de ser ela própria. Se eles entraram no seu coração, Olga quer entrar no coração de todos.

    Se esta é uma exposição de um casal, então não é original. Outros casais já passaram pelo mesmo: os Delaunay, Kahlo e Rivera, Christo e Jean Claude, Gilbert e George, Vieira e Szenes, Castro e Zimbro, etc.
    Mas esta é uma exposição para provar que não há razão para não avançar quem quer começar. Este casal não tem medo e não espera que lhes venham bater à porta. Têm motivações e ideias suficientes para avançar no seu percurso. Se o farão novamente como casal, resta-nos esperar.

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