segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021

Os ecrans ainda estão ligados, e opiniões, como as minhas, são muitas !

Textos e palavras, quero dizer, palavras que atrás de palavras se tornam texto? testo? 
Nem testo nem tampa nem cabeça, e é sem testar as coisas que elas aparecam tal como elas, digo eu dizendo, são. São porque vão sendo ao longo do tempo em que é pensado sem pensar muito no assunto, e escrevo aqui nesta caixa de luz mágica que me faz perder o tempo, é porque as suas teclas por mim já minimamente conhecidas oferecem-me possibilidade de escrever mais rápido, quase tão rápido como um décimo daquilo que eu vou pensando e repensando ao longo dos vários milisegundos da minha vida bem preenchida e enchida é que se querem as coisas que gosto de rabos carnudos.
Desculpa, gosto de rabos, ponto. Se são ou não carnudos isso não interessa digo eu aqui pra mim que sei que mais pessoas sem rabo o podem ler.
Mas isto não se trata de cús mas sim de palavras e dos textos que estas formam. Textos que desvelam pensamentos que se vai tendo ao longo dos milhares de sistemas que agem entre o pensamento e este ecran, ecran que já deveria estar apagado que já são 21 e 57 e o meu despertador cuidadosamente colocado para as 19h para desligar todos os ecrans nem sempre funciona, isso ou sou eu que não me levo muito aserio, aliás porque raio é que o deveria levar aserio se é um ecran que me diz para desligar os ecrans?
Ouve lá filho da mãe, quem és tu, cabrão, para me dizer o que quer que seja?
e tu? já agora, e tu? quem és tu para me dizer para ser ou ver ou ler ou pensar ou tentar fazer isto e aquilo e aculoto, foda-se, deixa-me em paz, deixa-me ser eu, a ver coisas no meu computador e telefone dado pela minha mãe há vários meses apesar de ainda ter a conta google dela como conta oficial, caralho!
Deixa-me ser eu, pequenino, sossegado, trapalhão e molengão, ou pensas que é porque acordo todos os dias ás 7h da manhã para ir correr com o meu cão que sou mais do que tu? Nao sou nada, e deixa-me ser assim,
deixa-me ser pouco,
e porco,
o pouco é muito e cada vez mais, 
folhas em branco é o que se querem
essas é que estão cá para acolher, as preenchidas são boas, como as filosfias gregas e romanas e modernas e contemporaneas, na estante, para eu as folear de vez em quanto,
para me fazerem esquecer que aqui está o skate e a bike e a folha e vagina e rabiosces e coisas boas que eles não sabem nem sentem porque já morreram todos, e não quero coisas mortas,
se quero quero poucas,
se quero quero que sejam para me matar, 
aos poucos,
oucos,
ouço coisas de muitas coisas mas as opiniões cada vez me parecem mais...
poucas!
Sim poucas!
sem tomates, já não há foda-se caralho vai-te foder cabrão pisso de merda!
Agora é só, aí desculpe mas os anarco-comunistas dizem isto!
Caralho pra ti da esquerda ou da direita!
precisas da merda duma direção para te posicionares no mundo?
caralho!
tenho vontade de me estrangular a mim mesmo,
a mim mesmo deste mundo que te dá um cartão de vacinas que diz assim:
"Para existir é preciso ter nome".
Mãe do céu, lágrimas e risos e desespero correm pelo meu peito abaixo quando vejo que nós, 
corpos frágeis que precisam de vestir meias e sapatos e cuecas e calças e tshirt e camisola e casaco para sair à rua quando fazem 10 graus, 
precisamos de impor a nós próprios coisas para ter a sensação que existimos, 
nós,
que já não nos apresentamos como sendo nós mesmo pelo exemplo que somos no mundo que vivemos e destruimos e construimos,
mas sim como: Olá o meu nome é Kevin, tenho 29 anos e sou desempregado, sou artista e skater e tenho uma bike e uma namorada....
sabes, há uns meses, uns valentes,
e penso que já disse isto por aqui,
por aqui mas isto não é bem sítio,
disse que há uns meses vi um post no instagram a dizer: É difícil ser artista em portugal.
A verdade é que,
é digo eu que não sei nada mas eu sinto,
eu sinto ouviste,
e posso não saber o que é sentir, 
mas sinto quando chuva me cai nas pernas eu que tenho a mania de andar sempre de calções,
sinto que,
difícil,
difícil é não se ser artista, ou ser que vive e questiona, aqui ou na puta que pariu,
num mundo como este, num mundo que precisa de regras, de ismos, de nomes, de desculpas
para não fazer aquilo que realmente és, aquilo que és por ser,
e não aquilo que pensas que tens que fazer para ser.
Felizmente, tu és sem ser nada senão ser que respira, e se és algo que não queres ser, para de tentar ser para além do que és.
Gente que define a liberdade é muita, 
gente que é,
isto ou aquilo,
só os que não perdem tempo a ler,
isto?
desisto!
Não, foda-se desculpa, claro que não desisto,
e apercebo-me que não desisto porque cada vez mais vejo pessoas à minha volta que desistem em permanência, 
aí sabes isso é díficl não tenho tempo....
Já não me apetece escrever,
quero dizer,
apetece-me
mas sinto que os meus dedos estão a espancar este teclado do meu acer aspire de 2013,
este que já não tem chiche há muito tempo mas que me deixa ver porno,
e sinto que esta violência,
apesar de parecer o contrário = deixa isso tudo sair que faz-te bem
é aquela que me seduz para comer açucar, ver séries, estar no youtube, comprar bolachas e esta no computador depois das 22h15 !


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