quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Peintures numeriques !




Quelques peintures numeriques, quelques pinturas que se vão fazendo numa casa que se desvazia para enxer caixotes de cartão com pedaços de mim, e mais pedaços de mim e de mim aos pedaços.
Fora desses pedaços há um pedaço de mim que fora destas fica e aqui fica ficando olhando para os seus pedaços com uma sensação de não conseguir ser um todo sem eles, sem esses pedaços que fazem parte de mim mim. 
Mim, mim é uma palavra engraçada que me dá vontade de rir mas sentir que me reparto através de objetos dá-me menos vontade de rir. E rir também me faz rir, a mim e a ti mas isso é outra coisa.
Isto é sobre pintura mas poderia ser sobre outra qualquer porque é sempre sobre alguma coisa, inflizmente nunca é. Não deste lado.
Deste lado agora são pinturas que são feitas no computador porque nos pedaços de mim que ficaram encaixotados à minha frente ficou um pedaço de disponibilidade para pintar e sujar e obter outra posição para além desta que tenho várias muitas mesmo demasiadas até sentado numa bola de pilates de raio de 55cm onde me colo em frente a uma caixa tão sedutora que me suga tudo chupa digo chupa chupa chupa e ... 
Então o Paint está aqui em baixo e resisto ao broche e vou pintado coisas naives pois assim delas gosto e delas de mim não sei se sentem alguma coisa mas sentir que não me chupam também é uma sensação.
São pinturas que também se tornam pedaços de mim, pedaços que vou espalhando com quem quero ficar nem que seja aos pedaços.
Pedaçitos e pedaçinhos de quem é pequeno e magrinho mas há quem diga que o coração não tem tamanho mas eu acho que isso é só uma lenga lenga para não desmutivar pessoas com o meu volume.
Apesar de bidimensional, a pintura tem algo de elástico, falo do tempo e das sensações, falo das memórias e da projeção, da coisa que fica nem que seja aos pedaços porque é melhor... mas a Laura começou a falar-me sobre um café que ela gosta muito e que me mostrou umas imagens hà uns dias atrás e perdi o fio à meada de mim a falar para mim mesmo aos pedaços porque é assim que vou sendo, aos soluços, sollluuuççoos ços !


 

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