segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Desenhos que se colam em folhas brancas ou quase !







Je pense
je pense
je pense que
je pense que je pense
je pense.
Pansement!
Des pansement pour la tête,
des pansement pour les pensées.
Je pense
tu pense
on pense
je pense que je pense
moi,
oui moi,
j'ai des pansement partout
partout et ailleurs
a mille a l'heure
a cent a l'heure
a dix a l'heure
a sept virgule soixante cinq € a l'heure.

quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Dezanove anos depois, dois anos em França !

O projeto começou: Dezanove anos depois, um ano em França. Um ano, um ano depois dos dezanove passados, passados ai, e antes deste seis aqui foram passados. 
Este projeto que se apresentará (desculpa, ainda não consegui por os pontos nos i's nem nos I's) como um livro. Será um livro ou um arquivo, uma BD ou uma auto biografia, é uma coisa e é de coisas que eu gosto. Este projeto dedicou a totalidade do segundo ano aqui passado ao primeiro. É um olhar para o passado pois é a unica maneira até agora por mim descoberta de olhar para o futuro. Deve ser medo do desconhecido, ou um certo sadomasoquismo em querer ser-se estrangeiro. Não se é na verdade mas vou-me sentido sim. Não é a casa não, nem o território, ambos são uma ideia descabida de quem gosto desta doença que se chama conforto. Conforto em se ser-se... sem se ser mas apenas deixando-se estar. Estar... Estar e deixar de se ser. Ser isso sem seres tu.
 Desculpa, desviei-me do caminho mas eu sou assim o que queres?
É um projeto que se foi escrevendo/desenhando/pintando/montando/suando/chorando/cantando (fazendo) ao longo de outro que se foi dedicando ao anterior. 
Com o seu fim apercebi-me que este transformou o primeiro e o primeiro surgiu para dar asas/base a este segundo. Olhei para trás para ver se a fundição estava segura. Fiquei aliviado ao perceber que não estava/está.
É a rasteira que te faz perceber que estas/estiveste em pé. É a fração de segundo que existe entre a rasteira e o chão que eu anseio. Que este se prolongue por mais um ano, mais dois ou mesmo três. Que sejam coisas e mais coisas, mas ansia, com menos sentido, mas tanto ou mais sentidas.



segunda-feira, 7 de outubro de 2019

"You yesterday here, this today here!" Online publication !



Tem-se me tornado cada vez mais estrangeiro falar/escrever sobre coisas passadas. Principalmente se essas coisas foram materializadas, o que quer dizer que foram/são algo concreto, impedindo-me de inventar novas coisas sobre estas. Posso sempre inventar o que quer que seja, eu sei, mas para mim, eu que as fiz, elas vão reavivando coisas vividas/pensadas e sentidas. Estas nem sempre fazem sentido, e é provávelmente por isso que me custa falar/escrever (dar-lhes sentido para outro) sobre elas.
O paradoxo encontra-se então nesta dificuldade em escrever sobre coisas que já se fizeram/apresentaram - tendo-as deixando assim serem aquilo que são independente de mim - e a necessidade de as apresentar para além da sua forma física, no espaço, a quem não teve a oportunidade delas se aproximar. Nesta publicação monto umas imagens e uns textos para elucidar quem fora do seu contexto de criação se encontra. É uma montagem de coisas especificas que apontam - os objetos e as images têm esta capacidade de indicar algumas ideias sem as parafrasear - para outras menos específicas. Mas são o que são e vou deixa-las - aqui nesta publicação - serem o que tu delas quiseres. 
Obrigado à Marija Kamber, ao Domagoj, à Anja, ao Kruno, à Mia e ao resto da super equipa que me acolheu e me ajudou nesta incrível estadia de três semanas na Croácia.
Ide ver coisas boas no site deles: http://popupkamba.com/

I will not translate everything that I wrote in portuguese above. Somethings are what they are. I just want to thank all the Garaza Kamba team for the support, you guys where nice as a cup of fresh beer in the summer of Zagreb !


Publicação em Português:

English version of the catalogue :

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Coisas que se sobrepõem a coisas !


Das coisas que se sobrepõem a novas coisas eu pouco posso dizer,
mais poderia sobre as que foram sobrepostas mas dessas já me esqueci,
e das que se sobrepõem já sobrepostas por outras se encontram, 
e,
dessas mesmo,
eu pouco posso dizer pois dessas eu pouca atenção lhes prestei por estar a pensar nas que estas sobrepuseram, 
e dessas,
como acima confessei,
eu ainda menos do que antes posso sobre elas dizer pois em cima delas já muitas se encontram,
e sobre estas,
as coisas que sobre estas poderia dizer sobrepõem-se a estas mesmo afastando-as daquilo que elas realmente são,
daquilo que eu não tenho capacidade de descrever pela distância que entre elas e eu se criou/criei,
isso, 
isso ou tapo coisas para delas não ter que falar,
tapo porque se as tapar serão o que eu delas quiser e não aquilo que elas realmente são.
Numa história contada há sempre três versões; a tua, a minha e a verdade.