Esta ideia, uma das ideias, por de trás do desenho preparatório, da maquete, do ensaio, do esboço, até da pintura, ou da escultura, do texto, da musica, da própria ideia, como algo que dará asas ao. Esta ideia do estudo como algo diminuto, da arte como representação/narrativa/descrição/representação de. A ideia que a ideia não é obra. Não a obra da ideia (a sua construção), mas a ideia, o fugaz, o efémero, o imaterial como. Assumir um todo nesses pedaços de coisas que dão a entender que algo delas há-de vir como todo, como satisfação. Mas não te enganes, não é uma satisfação por elas serem ou não serem coisas mas na curiosidade que elas levemente adoçicam por serem coisas que se vão seguindo sem interrupção a um ponto que elas não serem coisas mas sim algo que é composto por muitos mas que são também um todo, um corpo, e não é um corpo que se forma por A,B,C e D mas um corpo que se forma por ser corpo que caminha, respira, que é. E o que é é-o, sem nenhum tipo de significado ou explicação, apenas o é, e o que é é-o porque vai sendo. Não existem artistas mortos, nem pessoas vivas que não são artistas.
Acho que já escrevi isto algures mas eu sempre gostei de me repetir, uma vez li num sítio bastante pouco coeso e seguro que um artista alemão com cicatrizes no busto disse que em todo o homem há um artista, mas nem todos ouvem o chamamento, eu a ele que já não é artista mas tu que ainda és digo, quem se chama são os que esqueceram o seu próprio nome e o seu próprio rumo, quem não, tem a certeza sem pensar nela do que agora é.
E tu és, mesmo que não queiras, e mesmo que não o percebas.
Mas não tens que perceber, da mesma maneira quem não fazes por respirar !
sê-o,
sê,
ser,
sendo,
senso,
sem ses,
sem mas,
semeia.
Sem comentários:
Enviar um comentário