sábado, 27 de junho de 2020

Pro-du-rir !



It's necessary to imagine him happy, pas parce qu'il l'est, mas porque tu também não tens a certeza.
23/06/20
Daily performance !

A necessidade de sítio para produzir.
A necessidade de ter a necessidade, ou pensar que se a tem.
Ter necessidades para além das necessidades, o que é fisiológico e o que não é mas nos mantem vivos/mata aos poucos.
A poesia como oposto da objetividade.
A objetividade como oposto da poesia.
A produção como procura de algo relativamente concreto, ou que será algo = concretude.
O oposto como força que tanto empurra como retrai.
A constante como anti produção.
A anti produção como anti arte/objeto.
O anti como necessidade de não se querer ser anti alguma coisa (uma idealização d'um status quo que emerge de um status quo a destruir)
O medo de não se ser reconhecido. Reconhecido = sentir-se vivo por via de outrém, ou seja, eventualmente, nós mesmos (somos um reflexo do que/de quem nos rodeia).
A Produção que advém de um acto de não se estar a produzir. Produção = coisas reconhecidas e com valor. Reconhecidas = alguém se revê ou entende a produção/ tempo dedicado a. Valor = algo que advém de um esforço/tempo que valeu a pena (para além de quem o fez). Valer a pena = (não quero ir por aqui)
A tensão criada pela eventual ideia que o outro possa ter sobre o nosso tempo, ou seja, o nosso valor, ou seja, a nossa vida.
A tensão criada pela necessidade de se sentir tensão para se sentir vivo.
Vice versa versa vice (desculpa).
A tendência de materializar algo não materializavél.
A falácia de se dizer/escrever coisas que não se dizem/escrevem.
A falácia de não se responder a perguntas e escrever frases soltas para confundir confusos (esta é pra ti Kebs).
A sensação reconfortante de alguém entender o teu ponto de vista. A tristeza desta também.
A auto-rasteira  de quereres que alguém olhe/pense pras coisas da mesma maneira do que tu.
O teu tempo é o teu tempo, o meu tempo é...
A comunicação por referências como maneira de afunilar o público.
A referência como maneira (única?) de comunicar.
A voluntária saída de não se querer fazer entender como maneira de se fazer entender que se entende e que não se quer entender fazendo-se entender.
O desconforto de se dizer/fazer coisas inversamente aquilo que se pensa(pensou)/faz(fez). O conforto criado perante essa fenda/janela/porta/abertura.
Abertura = absurdo.
Absurdo = odrusba.

Alguns minutos depois... leio e não me entendo.
Entendes?



sexta-feira, 26 de junho de 2020

24/06/20 !




No desejo ardente de querer mais do que duas mãos/ Il faut faire attention avec l'encre sur la peau !
24/06/20
- Mosson alhos
- Video a varrer
- Thierry et Chloé sites
- Yoga 18h
- N.Q. confirmar postais
- Falar Lurdes e Alegre
- Regar plantas azoto
- Casa de banho calcário
- Creme de alfarroba
- Queijo de amendoa 30h
- Viagem Laura
- Enviar video Tânia
- Amador/ mail Niobo
- Ver oleo do carro
- Cães
- Pole emploi mail
- Thomas 18:15
- Pintar mão
- 19 anos depois x3
- Desenhos André e Lira
- Tomates e alfaces

Sculpture over body, different sizes and materials !

terça-feira, 23 de junho de 2020

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Correspondance, postcards with Pedro Lira and Éditions N'importe quoi !







The works developed for the exhibition Il faut imaginer Sisyphe heureux. Bisogna immaginare Sisifo felice ! were built by correspondence.
It was also built with softness and even if the idea behind of corresponding someone is to receive something, it easily shows the opposite. I think that it was on that edge, with the practice of drawing, that our exchange of moods fitted so well. Nothing concrete to be said – even if dense – without a deadline or a predicted format. Just to exchange some drawings over time.
Ironicly, the exhibition was assembled by the team of the street gallery (BREVE MENTE gallery) at Montempor-o-Novo in Portugal, three days before the lock down that confined most of the world for almost two months. This idea of co-respondence presents itself to be a key factor to relieve the anxiety/discomfort that prevailed in these unknown times.
We decided to extend this correspondence beyond us by creating postcards with some of the drawings presented in the exhibition.
In the back of each postcard, we ask to the person who receives it to record and send us some background sounds from his/her daily life, in order to make an online archive.
Kevin Claro and Pedro Lira

This object/packaging contains 12 postcards (~9,5 x 13,5 cm each), printed on reams of white paper with 140gm  that came from the leftovers of a printing shop from Montpellier.
We will, as always, print according the demand.
We decided to ask three different prices:
A starting price – 4
An average prince – 8
A push up price – 15

Send us a message if you are interested.

Éditions n’importe quoi.

domingo, 14 de junho de 2020

O empurrão do que veio d'um empurrão que veio d'um empurrão que veio d'um empurrão que veio d'um empurrão !




Abri há uns dias atrás uma janela "nova mensagem" neste blog e comecei a escrever. Abri a janela pois tinha acabado de ler umas paginas d'um texto escrito pelo Pedro Barateiro sobre museus e o que lá se apresenta/o que lá queremos ver e tive vontade de escrever. Comecei a escrever várias linhas sobre empurrões com peças de dominós que ilustravam a minha ideia mesmo que algumas dessas peças tivessem o poder de empurrar a outra da frente sem deixar de ficar na vertical. Fui ter a galeristas e a mediadores culturais, curadores e vigias/informadores de salas entre outros. Um discurso com pouco desdanho, apenas alguma ironia, com brincadeiras cheias de referências do mundo da arte para tornar a coisa mais apetitosa au fil et à mesure como se diz por aqui, mas depois apareceram duas pessoas de 4 e 6 anos perto da porta da minha casa, perguntei-lhes se queriam pintar comigo e fizemos isto juntos.
Fim!

segunda-feira, 8 de junho de 2020

O desenho preparatório !


Esta ideia, uma das ideias, por de trás do desenho preparatório, da maquete, do ensaio, do esboço, até da pintura, ou da escultura, do texto, da musica, da própria ideia, como algo que dará asas ao. Esta ideia do estudo como algo diminuto, da arte como representação/narrativa/descrição/representação de. A ideia que a ideia não é obra. Não a obra da ideia (a sua construção), mas a ideia, o fugaz, o efémero, o imaterial como. Assumir um todo nesses pedaços de coisas que dão a entender que algo delas há-de vir como todo, como satisfação. Mas não te enganes, não é uma satisfação por elas serem ou não serem coisas mas na curiosidade que elas levemente adoçicam por serem coisas que se vão seguindo sem interrupção a um ponto que elas não serem coisas mas sim algo que é composto por muitos mas que são também um todo, um corpo, e não é um corpo que se forma por A,B,C e D mas um corpo que se forma por ser corpo que caminha, respira, que é. E o que é é-o, sem nenhum tipo de significado ou explicação, apenas o é, e o que é é-o porque vai sendo. Não existem artistas mortos, nem pessoas vivas que não são artistas. 
Acho que já escrevi isto algures mas eu sempre gostei de me repetir, uma vez li num sítio bastante pouco coeso e seguro que um artista alemão com cicatrizes no busto disse que em todo o homem há um artista, mas nem todos ouvem o chamamento, eu a ele que já não é artista mas tu que ainda és digo, quem se chama são os que esqueceram o seu próprio nome e o seu próprio rumo, quem não, tem a certeza sem pensar nela do que agora é.
E tu és, mesmo que não queiras, e mesmo que não o percebas.
Mas não tens que perceber, da mesma maneira quem não fazes por respirar !
sê-o,
sê,
ser,
sendo,
senso,
sem ses,
sem mas,
semeia.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Sketchbook nº60, part 2 from 2 !


























Diário de bordo nº60, parte dois !
Shared with Laura Figueiras, Pedro Lira, João Gastão, Ai Weiwei, Georges Henri Rivière and more, I think !
Mucem catalogue painted in white to re paint it whit other colours than white !