O mais interessante na RAUM, e de qualquer tipo de plataforma online bem desenvolvida no âmbito das artes, é a interação democrática entre o espetador e a obra. A acessibilidade que existe nesta interação levanta várias novas possibilidades na ligação de obra e espetador, estando este dentro do seu habitat (casa, café, trabalho).
Existe uma grande diferença entre a relação que se tem perante estes lugares virtuais e a que se constrói perante um museu. Este cria, inevitavelmente, vários acontecimentos oblíquos (ir até o museu, apanhar trânsito, chegar ao museu, entrar no museu, ir à receção, mostrar os documentos, pagar bilhete, ficar sem dinheiro, pedir as chaves do cacifo, lembrar-se que se esqueceu na maquina fotográfica em casa, etc...) que influenciam o espetador, diminuindo a proximidade entre este e a obra. Este acumular de interseções difusa sempre a leitura, e mesmo sendo consciente dos perigos da visualização de informação/ captação de informação perante a internet, penso que a acessibilidade que nos é dada com projetos como a RAUM, diminui de certa forma esses acontecimentos obliquos criando um confronto mais direto entre a obra e o espetador.
Obrigado raum !
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