segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Sit !

An object that we made for School ( Atelier de Design ) !
Its not a chair or a couch, its an object to sit !
Its like a "critic" of the importance that people give to the aesthetics part in design and how can this problem harm the value and utility of the final object !
( Photos by Vasco Vitória and montage by Kevin Machin )

8 comentários:

  1. I think you didn't want to say: "it's like a critic of the importance that people give to the aesthetics part in design...", because even product design based on reused materials, have the goal to make that kind of "language" an aesthetic issue, or otherwise it wasn't design, but just a piece of junk!
    what you want say is to criticize the expanded hi-tech, ultimate, global, hegemonic, composite materials as they are used just as an aesthetic goal, just to increase stylish, luxury and final price of objects, making them appear exclusive and so, increasing social gaps!

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    1. Sim, também é isso mas mantenho com a ideia de ser "anti-estético" para esta proposta já que o resultado final do meu objecto era realmente parecer um pedaço de lixo, apenas tinha que ter a função de apelar ao sentar das pessoas sem elas se darem conta que ouve estudo e preocupação por de traz deste. Tambem não é bem o facto de ser anti qualquer material ou forma mas sim apelar as pessoas que design não é arte nem deveria ser visto como tal e isso muitas vezes faz com que os criadores desses objectos percam noção do importante no design, que para mim é a função e utilidade, e ponham a parte da estética de lado ou pelo menos em ultimo plano.
      Não me sinto muito confortável em falar sobre design, por falta de conhecimento e tambem tenho muitas contradiçoes sobre ele que ainda tenho que resolver : )

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    2. percebo onde queres chegar, mas a ideia do anti-estético não se pode colocar desse modo, nem é conseguida da forma como concebeste o teu "objecto para sentar". mesmo sem ter experimentado o objecto acho que posso adiantar o seguinte: se a questão se foca na pura função, em detrimento do seu aspecto, então também se levantam muitas questões, pois a eficácia funcional está longe de se conseguir com essa forma e com esse material. pensemos por exemplo como o acto de "sentar" exige "comodidade". por esta via existem "n" materiais, mesmo reutilizáveis, que permitem muito mais conforto a quem se senta sobre eles (panos, tecidos, esponjas, papel, poliestirenos...). para além disso o acto de sentar não se foca apenas na procura de um descanso para o corpo durante algum tempo, mas pode significar uma forma de nos posicionarmos para a realização de uma determinada tarefa, sem o risco de contrairmos lesões físicas. igualmente, o facto do "sentar" exigir um contacto físico com o objecto, quer dizer que, outros elementos têm que entrar na equação, como por exemplo a roupa que trazemos vestida ou a nossa própria pele, que pode criar entraves à minha ligação física com esse objecto, se ele não me transmitir uma noção de segurança. por estes e outros exemplos, também não me parece que seja essa procura, "pura e dura" da função que dá a resposta ao teu objecto.
      mas mesmo continuando na perspectiva funcionalista, poderias argumentar que ela não quer responder à "função de sentar", mas antes à "função de apelar ao sentar", independente do facto de o acto de sentar ser ou não funcional. por esta via, o argumento vai novamente contra o "antí-estético", pois a função apelativa dos objectos exige, em primeiro grau, uma identificação com o objecto pelo qual não se projecta uma finalidade no mesmo. ou seja, é a velha questão do "desinteresse" que me faz prender ao objecto, sem que eu projecte nele uma utilidade prática. por esta via, apenas a qualidade estética faria o teu objecto ter a função apelativa que daria sentido prático ao objecto. portanto seria exactamente a estética a legitimar a tua criação e por esta via estarias a defender que o teu objecto é muito mais arte do que design.
      sobre a questão da utilidade, a problema torna-se ainda mais complexo, pois funcionalidade e utilidade não são sinónimos. a utilidade pode ser entendida de dois modos: ou o que é eficaz para quaisquer fins, ou o que é vantajoso para um bom fim. no caso concreto do teu objecto, a opção por um, ou por outro, significa que tens que abdicar de alguns dos argumentos pelos quais pretendes dar sentido: se é a função pura, então ele não será eficaz pois existem outros meios que tornariam o seu fim muito mais eficaz (mais cómodo, mais ergonómico, mais seguro, etc...) se for a estética, então não será vantajoso, já que não pretendes que o objecto seja visto como arte.
      já agora, se eu fosse o professor da cadeira de design e um aluno meu argumentasse que o seu produto tinha como objectivo parecer um pedaço de lixo, então nunca em tempo algum aquilo seria uma disciplina de design ou o trabalho, nunca um produto de design!!!!! o lixo, mata qualquer intenção de design.
      em design, o "dar a forma" é apenas uma consequência, pois o que legitima o produto é a metodologia usada. se a "coisa" for "lixo" significa que já tens a solução antes de ter o problema, o que não faz sentido, já que a essência do design, está exactamente no inverso.

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    3. por isso, acho que a única coisa queres comunicar é aquilo que já disseste algumas vezes sobre o "do it yourself": "não precisámos do extraordinário, apenas do necessário".
      e por este modo, sim, sinto que há argumentos para a atitude de concepção do teu objecto e que se centra (como disse no primeiro comentário) na tua renuncia aos materiais, matérias e tecnologias de ponta, globalizados e expandidos "xpto", que apenas servem para incrementar o preço final do produto, criando assim uma noção de exclusividade, que serve a quem os possui, para se posicionarem socialmente, num grau mais elevado e em consequência, a criação de uma noção de maior poder sobre o outro!

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    4. Eu acho que o grande problema antes de qualquer um é a minha dificuldade em argumentar correctamente sem me atrapalhar nas minhas próprias ideias, admito que me prejudica, sempre o fez.
      Aquilo que eu queria fazer com o meu objecto em especifico era este: Antes de pensar em qualquer forma ou ideia inicial era procurar um material que pudesse reciclar e que está disponível para maior parte das pessoas. Depois de encontrar esse material pretendi deixá-lo com o seu aspecto de material que foi reciclado, se fosse possível "piorar" o seu aspecto para vincar a importância que a reciclagem tinha nesta proposta e na minha maneira de ver o mundo.
      Depois disso decidi ler sobre o sentar, o que é o sentar... Deparei-me com posições standar, obviamente necessárias para as tarefas que pretendemos realizar, como o estar no computador ou ler etc...aquilo que me chocou foi que poucas dessas posiçoes standar estão correctas para o uso que lhe damos, se estamos mais do que duas horas sentados numa cadeira deveriamos estar com pelo menos 50% do corpo apoiado nas costas e não maior parte no rabo como fazemos diariamente. Até a nossa posição standar de defecar está incorrecta ! Foi esse standar que me fez pensar mais sobre o sentar e sobre o meu tal objecto, o standar deveria ser apenas ajustado para aquilo que pretendemos fazer com esse objecto, mas eu queria dar importância ao sentar em si e não aquilo que eu iria fazer sentado. Acho que era importante dar a entender que o meu objecto final fosse algo para se sentar e não algo para ler ou comer e por isso veio a renuncia ao aspecto estético da coisa. Queria afastar-me da beleza do objecto pela beleza óbvia e dar-lhe uma "beleza" funcional, o facto de lhe dar um aspecto de "lixo" era para tentar afastar o estético do meu produto dando-lhe apenas a unica função de ser funcional ( eu sei que isso é de certa forma contraditório, já que ao tentar afastar essa estética tive que lhe dar outra ).
      Com o meu produto final, que pode ser usufruído de várias maneiras dependendo de pessoas para pessoas, pretendi que as pessoas que se sentam nele se sentem porque necessitam de o fazer e não apenas porque querem ou porque gostam dele, queria mesmo que no final ele transmitisse a necessidade que temos em nos sentarmos, da maneira que queremos, para fazer o que queremos e não porque fica bem na minha sala caqui :)

      Sei que está confuso mas está é a melhor maneira que consigo defender o meu objecto, espero que com essa resposta tenha parecido um o pouco menos contraditório e vazio do que as minhas respostas iniciais :)

      ps: Obrigado pelas respostas todas e por me fazer pensar ;)

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    5. a essência das actividades criativas têm este lado pernicioso por natureza:ter que adequar ideias a formas.
      portanto, o acto de pensar é indispensável (antes, durante, depois...), por vezes por muito que nos custe (e custa muito de facto), mas se estamos interessados em fazer melhor do que se fez, eu não conheço outra forma.
      pensar custa... mas é gratificante!

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  2. correction:
    please change: "or otherwise it wasn't design" by "or otherwise it wasn't a final ended product"

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  3. há uns dias atrás tropecei numa noticia de uma revista que fazia referência a isto:

    http://www.allfromboats.com/

    lembrei-me do teu trabalho pois o princípio conceptual é o mesmo.

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