Nesta dança de desculpas que te fazem ser algo que não aquilo que imaginaste ser, a falta de coisas já conhecidas/experiênciadas/imaginadas fazem com que o facto de não seres aquilo que imaginaste se torne um fator ao qual tu não tens mão. A culpa não é tua então cá andas a imaginar aquilo que poderias ser sem sê-lo na realidade mas sim na imaginação. A verdade é que, imaginando bem as coisas, essa imagem que se tem sobre aquilo que gostaria de se ser é demasiado pouco profunda e sentida para que esta mereca algum tipo de meditação. Ser apenas aquilo que se vai sendo é mais difícil, mais só e mais triste do que se pode imaginar. Isto porque a imaginação cria sempre uma rede confortável que faz com que os nossos dias sejam mais amenos ao imaginar-se ser aquilo que não se é mas que se quer ser sem sê-lo pois ser é, como acima dito, difícil, só e triste.
A falta de espaço é área de desabafo por aqueles que não sabem ocupar espaços vazios, ou desocupar cheios.
Tempo = espaço, e versa vice.